A Justiça determinou que a Energisa religasse o fornecimento de energia ao Projeto Jacaré Curituba, após os produtores da Colônia Agrícola Valmir Mota obterem uma vitória legal em Sergipe. Durante oito dias, os lotes irrigados ficaram sem energia, resultando na paralisação das bombas de irrigação e prejuízos para os agricultores. Mais de três mil pessoas dependem dessa água para irrigação e sobrevivência pessoal, incluindo a dos animais.
A situação ocorreu porque a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco em Sergipe (Codevasf) não efetuou o pagamento devido à empresa de energia desde outubro de 2023, o que levou à drástica suspensão do fornecimento e prejudicou os moradores das áreas irrigadas.
No dia 23, os assentados, desesperados, bloquearam a rodovia SE 230, que liga Poço Redondo a Canindé, para chamar a atenção das autoridades. A paralisação durou das 08h às 15h e foi encerrada após negociação com a polícia local.
Marcelo Andrade Moreira Pinto, diretor-presidente da Codevasf, e Thomas Jefferson França da Costa, superintendente regional em Sergipe, são indicados pelo partido União Brasil, liderado no estado pelo ex-deputado André Moura. Surpreendentemente, nem André Moura nem a deputada federal Yandra Moura fizeram declarações públicas em defesa dos assentados de Canindé. O pré-candidato a prefeito, Machado Barbosa, também do União Brasil, não se manifestou publicamente sobre o ocorrido.
De acordo com os irrigantes, o corte de energia ocorreu porque a Codevasf não incluiu no orçamento os valores necessários para a manutenção do Projeto Jacaré Curituba. Esse descaso por parte da diretoria e das lideranças do União Brasil, que indicaram os responsáveis pela situação, é considerado imperdoável por um morador que preferiu não ser identificado com medo de represálias.
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